terça-feira, 19 de dezembro de 2017

5 verdades budistas para se inspirar para o ano novo!

            Mais um novo ano que está para se iniciar e já começamos a desejar e fazer votos de mais amor, mais paz, harmonia e renovação. As promessas também são constantes para a virada e nova página em branco.
            A filosofia Budista fala sobre 5 verdades que são realmente desafios se quisermos ter uma atitude diferente diante da vida. O ano novo traz consigo esperança de novas mudanças, e depende do nosso entender a vida as mudanças que queremos ver em nós e no mundo.
            Segundo o Budismo, a felicidade genuína é aquela que acolhe todos os aspectos da vida, mesmo os negativos. Essa aceitação se faz necessária se quisermos viver de forma gratificante e livre. Essas 5 verdades em prática, nos auxilia a não fechar os olhos para a realidade e exercitar a constante fluidez que a vida nos obriga a lidar.

1) A preocupação é inútil

A preocupação é inútil no momento em que fica apenas na mente e não tem o poder de interferir no fato prático da vida. É energia gastada a toa.
Será que essa preocupação vai mudar o que vai acontecer? Se não, é perda de tempo que gera muita ansiedade e estresse.
O mestre budista Thich Nhat Hanh diz:
“A preocupação não faz nada. Mesmo se você se preocupar vinte vezes mais, isso não mudará a situação do mundo. Na verdade, sua ansiedade só piorará as coisas.”

Mesmo que as coisas não saiam como gostaríamos, podemos ficar satisfeitos sabendo que demos o nosso melhor.
O mestre ainda conta que temos que praticar o exercício de nos fixarmos no presente. “Estou feliz agora. Não me pergunto mais nada.”

2) Se queremos ser felizes, devemos ver a realidade como ela é.

Ao invés de ficarmos apegados as nossas próprias crenças e valores, a filosofia do budismo diz para nos concentrarmos em permanecer abertos e curiosos para qualquer nova verdade.
Às vezes queremos nos manter 100% positivos, evitando emoções ou sentimentos negativos, mas as dificuldades aparecem e aceita-las faz parte da vida, é só com a companhia de sentimentos bons e ruins que nossa felicidade será mais verdadeira. O mestre budista Pema Chödrön diz o melhor:
“Temos duas alternativas: questionar nossas crenças, ou não.
Ou aceitamos as versões fixas e impostas da realidade, ou começamos a desafiá-las. Na opinião de Buda, treinar em permanecer aberto e curioso – permitindo a dissolução de nossas suposições e crenças – é o melhor uso de nossas vidas humanas.”

3) Precisamos aceitar a mudança ativamente

Tudo na vida é mudança. Nós mudamos todos os dias, crescemos, envelhecemos. As estações do ano mudam, o clima muda todos os dias. Mesmo assim, muitos de nós tentam manter as coisas constantes e imutáveis, o que só gera frustração, pois vai contra as forças do universo.
Aceitar a mudança nos dá uma enorme libertação, pois agimos em congruência com a natureza das coisas e então não há conflito.
O budismo diz que tudo está em constante fluxo. Podemos resistir a mudança e constatar mesmo assim que as coisas não estão sempre iguais e sofrer com isso, ou então, abraçar a mudança como algo natural e caminhar de mãos dadas com ela, gerando liberdade e energia capaz de criar a vida que queremos.
“Enquanto o conservadorismo e a autoproteção podem ser comparados ao inverno, à noite, e à morte, o espírito de pioneirismo e tentativa de realização de ideais evoca imagens de primavera, manhã e nascimento.” - Daisaku Ikeda.

4) A raiz do sofrimento está perseguindo sentimentos temporários

Confundimos a idéia de felicidade com algumas emoções como alegria, euforia, prazer, mas esses são apenas sentimentos temporários. A busca frenética por esses sentimentos gera sofrimento por que eles não duram.
A verdadeira felicidade vem da tranquilidade de ser, estar contente com o que você tem e aquilo que você é.
Yuval Noah Harari descreve perfeitamente:
“De acordo com o budismo, a raiz do sofrimento não é o sentimento de dor, nem de tristeza, nem mesmo de falta de sentido.
Em vez disso, a verdadeira raiz do sofrimento é essa busca eterna e inútil de sentimentos efêmeros, que nos faz estar em constante estado de tensão, inquietação e insatisfação.
Devido a esta busca, a mente nunca está satisfeita. Mesmo quando experimenta prazer, não está contente, porque teme que esse sentimento possa desaparecer em breve e anseia que esse sentimento permaneça e se intensifique.
As pessoas são libertadas de sofrer não quando experimentam esse ou aquele prazer fugaz, mas sim quando entendem a natureza impermanente de todos os seus sentimentos, e param de aniquilá-los.”

5) A meditação é um caminho para reduzir o sofrimento

Através da meditação constatamos que tudo é impermanente, inclusive nossos sentimentos. Nos faz ficar no presente, que é realmente tudo o que temos.
Na meditação devemos observar nossa mente e nosso corpo. Com o surgimento de pensamentos, vamos percebendo o quão inútil é persegui-los, uma vez que são muito voláteis. O exercício é ficar com a mente relaxada, não se distrair com esses pensamentos, mas voltar sempre ao tempo presente. Vários sentimentos nos visitam – alegria, raiva, tédio, incômodo – mas eles passam, e nós ficamos.
Experimentamos a serenidade que não teria sido possível se ficássemos na eterna perseguição de sentimentos agradáveis momentâneos.
Você passa a viver no momento presente em vez de fantasiar sobre o que poderia ter sido (Yurval Noah Harai).



Referências:

https://sociologialiquida.com.br/5-verdades-brutais-sobre-vida-segundo-budismo/

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